20/06 | 2 anos de Coletivamente

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A convite da Nasa (agência espacial dos EUA), o neurocientista brasileiro Alysson Muotri, professor da Universidade da Califórnia em San Diego (EUA) e cofundador da startup Tismoo.me, será o primeiro pesquisador do mundo a conduzir uma missão científica na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

A missão, prevista para o final de 2025, investigará o impacto da microgravidade no cérebro humano por meio de “minicérebros” — organoides cerebrais de cerca de 5 milímetros de diâmetro, que simulam as funções de cérebros infantis.

Esses organoides foram desenvolvidos a partir de células-tronco e envelhecem de forma acelerada no espaço (em um mês na ISS, os minicérebros “envelheceram” dez anos), possibilitando estudos sobre processos neurológicos em diferentes faixas etárias, do estágio fetal à infância mais adiantada. A missão, segundo Muotri, contará com intervenções experimentais, entre elas, moléculas do chá de ayahuasca e de guaraná, que são neuroativas.

A notícia foi destaque na capa do jornal “O Globo” do último dia 1º, com uma reportagem de página inteira da jornalista Raquel Pereira, leia, na íntegra, neste link.

Muotri explicou que a preparação inclui adaptações dos equipamentos para condições de gravidade zero e treinamento físico intensivo. Este projeto de vanguarda reflete o avanço da pesquisa em neurodesenvolvimento e envelhecimento acelerado, além de abrir a ISS para cientistas internacionais, ampliando as possibilidades de descobertas científicas em condições extremas. A pesquisa representa mais um passo importante para entender os transtornos neurológicos e desenvolver novas terapias e com o orgulho de termos um brasileiro à frente.

À pergunta da jornalista Raquel Pereira “Como o senhor se sente sendo o primeiro cientista enviado ao espaço?”, Muotri foi categórico: “Nunca sonhei em ser astronauta, apesar de gostar de ler ficção. Adoro filmes de astronomia mas jamais planejei isso na minha carreira. Mas digo que se a resposta para tratamentos com “minicérebros” estivesse no fundo do mar eu treinaria para ser um mergulhador. São anos de trabalho que culminam nas próximas etapas, exploramos ao máximo o que poderia ser feito e agora estamos procurando novas respostas. Acredito também que essa missão será transformadora porque vai abrir a Estação Espacial para cientistas do mundo todo”, respondeu, determinado, o Dr. Alysson Muotri.

FONTE: https://www.canalautismo.com.br/noticia/o-globo-destaca-ida-de-muotri-ao-espaco-para-conduzir-pesquisas-de-autismo/

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