Cada indivíduo autista tem uma trajetória única, e os impactos do TEA podem variar significativamente, tanto entre os diferentes níveis de suporte quanto de pessoa para pessoa. Os níveis de suporte não devem ser utilizados “como medida” para invalidar desafios ou para indicar que um indivíduo “não é capaz”.
No nível 1 de suporte, por exemplo, a rigidez cognitiva, frequentemente presente, pode ser imperceptível para os olhares alheios, mas afeta profundamente o bem-estar emocional, a adaptação a novas experiências, os relacionamentos e a qualidade de vida do autista.
Por outro lado, autistas nos níveis 2 e 3 muitas vezes enfrentam invalidação, como se não pudessem desenvolver habilidades, conquistar maior autonomia, independência e qualidade de vida.
Essa percepção errônea ignora o potencial de crescimento e as capacidades cognitivas que existem em todos os níveis do espectro e entre todo e qualquer indivíduo.
Por isso, é essencial ressaltarmos sempre que o nível de suporte pode mudar ao longo da vida, evidenciando a importância das intervenções e a capacidade de aprendizagem e adaptação do cérebro humano.
Que possamos promover um olhar mais empático e compreensivo, reconhecendo tanto os desafios quanto as habilidades que fazem parte da rica diversidade do espectro autista.