20/06 | 2 anos de Coletivamente

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Descoberta via rede social

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Aos 47 anos, a escritora Jane Mcneice, que mora em Doncaster, Inglaterra, descobriu que tinha autismo após uma publicação no Facebook, que continha imagens coloridas que descreviam comportamentos de “meninas com autismo”.

Ela contou ao site Daily Mail, que o post da rede social apontava características como: conversar consigo na própria mente, sentir que não há lugar no mundo para si, ansiedade, perfeccionismo, desconfiança e comportar-se como os demais apenas para se encaixar.

“Eu me reconheci imediatamente. Chorei muito. Mas foi como se aquilo tivesse iluminado toda a minha vida e, a partir daí , as coisas começaram a fazer sentido”, conta Jane, que mora o marido Steven, de 33 anos, que dirige sua própria empresa de TI, e os filhos, Oliver, de 10 anos, e Benjamin, de 7.

Jane também tem uma filha, Laura, de 27, de um relacionamento anterior, que desde cedo apresentava problemas emocionais.

Durante décadas, Jane passou por uma série problemas, incluindo falta de interação com outras pessoas, baixa autoestima, ansiedade, depressão e pensamentos suicidas. Em 2021, quando descobriu ter o transtorno do espectro autista, Jane estava tentando ajudar seu filho Oliver, que sofria com acessos de raiva, chorava e gritava muito.

Nos sete meses seguintes, Jane e os filhos, Oliver e Laura, foram oficialmente diagnosticados com o transtorno do espectro autista. O distúrbio é caracterizado pela dificuldade de interagir e comunicar-se conforme os padrões estabelecidos na sociedade.

Jane diz que os diagnósticos fizeram uma diferença significativa na vida da família.

“Entender quem somos melhorou nosso senso de identidade, nossa saúde mental, autoestima e resiliência”, afirma.

Segundo o site, este é um distúrbio de desenvolvimento vitalício que afeta a forma como as pessoas se comunicam e interagem com o mundo. Embora as causas não sejam claras, os especialistas acreditam que os fatores genéticos podem contribuir, com estudos estimando que 40% a 80% têm um fator herdado.

A psicóloga clínica Rachel Hiller, pesquisadora da Universidade de Bath, na Inglaterra, liderou dois estudos, publicados em 2014 e 2015, os quais constataram que meninos e meninas com autismo se comportam de maneira diferente desde os anos pré-escolares. Elas eram mais propensas a imitar os outros para se encaixar e eram obcecadas por amizades. Eles eram mais propensos a se isolar socialmente.

“Mulheres e meninas autistas geralmente são mais motivadas socialmente do que meninos ou homens autistas e podem ter amizades próximas”, acrescenta William Mandy, psicólogo clínico e professor de psicologia clínica na University College London.

FONTE: Jornal O Globo

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