Distúrbio neurobiológico crônico que se caracteriza pela desatenção, desassossego e impulsividade, o TDAH afeta de 3% a 5% das crianças em idade escolar ao redor do mundo, de acordo a ABDA (Associação Brasileira do Déficit de Atenção). Segundo dados do Ministério da Saúde, esse transtorno atinge dois milhões de pessoas no país.
Nesta quarta-feira, dia 13 de julho, é comemorado o Dia Mundial da Conscientização do TDAH. No Brasil, diversas ações estão programadas para esta data.
Na Câmara dos Deputados, por exemplo, haverá uma sessão solene em homenagem ao TDAH, pela inclusão, maior reconhecimento e direitos.
O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade recebeu diversas nomenclaturas ao longo dos tempos, mas esta denominação utilizada nos dias de hoje passou a ser adotada em 2002, a partir da quarta edição do Manual Estatístico e Diagnóstico dos Transtornos Mentais (DSM-IV).
De acordo com o escritor Russell Barkley (no livro Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade: guia completo e autorizado para os pais, professores e profissionais da saúde, de 2002), o TDAH é um déficit na capacidade de se autorregular e se autocontrolar. As pessoas com TDAH reagem de forma impulsiva e demandam de maior esforço para se acalmar e refletir. Possuem dificuldades no processamento das Funções Executivas que incluem a memória operacional (manter fatos relevantes em mente), o discurso interno (falar consigo mesma), a regulação emocional (acalmar-se ou motivar-se) e a reconstituição (criar uma solução).
O diagnóstico do TDAH é de base clínica, ou seja, é realizado por meio da história clínica contemplando sinais e sintomas, desde quando ocorrem, com que intensidade e o quanto os mesmos interferem na vida da pessoa em ambiente familiar, escolar e profissional. Esta investigação deve ser criteriosa e norteada por critérios descritos nos sistemas classificatórios como DSM IV e CID 10, porém, exige também aprofundado conhecimento sobre o TDAH.
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