20/06 | 2 anos de Coletivamente

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Diagnóstico mais cedo é melhor

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Os sintomas do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) podem aparecer entre os 3 e 6 anos de idade e perdurar durante a adolescência e vida adulta, segundo o National Institute of Mental Health.

O diagnóstico precoce, por meio de avaliação multiprofissional, é essencial para melhorar a qualidade de vida e o desenvolvimento de crianças e adolescentes.

O neuropediatra Anderson Nitsche, do Hospital Pequeno Príncipe, Curitiba, maior e mais completo hospital pediátrico do país, pontua que o tempo para diagnosticar pode variar, mas leva, em média, de seis meses a um ano.

Afinal, envolve uma avaliação abrangente, com coleta de informações de várias fontes, como pais, professores e profissionais de saúde. Além disso, há observações diretas do comportamento da criança e análise de possíveis doenças relacionadas.

Alguns fatores podem tornar o diagnóstico do TDAH mais difícil. Isso porque os sintomas podem ter semelhanças com os de outras condições, como ansiedade, depressão, dificuldades de aprendizagem e até autismo.

“Por outro lado, as crianças podem apresentar comportamentos diferentes em ambientes distintos. Desta forma, a percepção dos sintomas e a aceitação da possibilidade diagnóstica do TDAH pelos pais e educadores podem variar”, complementa o médico.

Segundo Nitsche, o diagnóstico do TDAH ainda na infância é de suma importância por diferentes razões. Primeiramente, permite a implementação precoce de intervenções terapêuticas e educacionais. Com o diagnóstico e tratamento corretos, as crianças tendem a apresentar uma melhor qualidade de vida.

 “Isso contribui para a prevenção ou redução da gravidade dos prejuízos nas relações sociais, aprendizagem e desempenho geral na vida, tanto no ambiente doméstico quanto no escolar”, pontua o neuropediatra.

Além disso, com esse encaminhamento definido, as próprias escolas podem ajustar as abordagens pedagógicas de forma personalizada e, assim, promover um ambiente mais inclusivo e eficiente.

Por outro lado, a falta de diagnóstico e tratamento do TDAH na infância pode resultar em impactos negativos na vida adulta. Por exemplo, dificuldades para concluir a escolaridade, manter empregos estáveis e enfrentar desafios nas relações interpessoais.

“Além disso, há também um risco aumentado de desenvolver condições de saúde mental como depressão, ansiedade e abuso de substâncias. Ademais, lidar com os sintomas sem o devido suporte pode levar a uma baixa autoestima e autoconfiança”, enfatiza o especialista.

Frequentemente, os pais e cuidadores são os primeiros a notar os sintomas do TDAH. Portanto, têm o papel fundamental de fornecer informações detalhadas aos profissionais de saúde sobre o comportamento da criança em diferentes contextos. E, dessa forma, colaborar durante o processo de avaliação multiprofissional.

“Além disso, é essencial que ofereçam apoio emocional e encorajamento à criança, contribuindo para a melhoria da autoestima e do bem-estar geral”, explica o médico.

Por outro lado, professores e terapeutas também desempenham um papel crucial ao alertar sobre os sintomas e dificuldades apresentadas pela criança. Além de ajudar na implementação de estratégias de manejo do TDAH tanto em casa quanto na escola.

FONTE: https://www.diariozonanorte.com.br/a-idade-do-diagnostico-de-tdah-influencia-a-atencao-e-os-cuidados-dos-pais-com-os-filhos/

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