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Antes de elaborar um planejamento de atendimento individualizado para estudantes com necessidades educacionais especiais é importante que o professor do atendimento educacional especializado realize alguns procedimentos iniciais como conhecer o estudante, seus hábitos, rotinas, interesses; conhecer seu passado escolar: escolas que frequentou, professores que já teve, habilidades, aptidões e interesses. Tais informações podem ser levantadas a partir de uma entrevista inicial à família e avaliação de habilidades desse estudante, acesso aos relatórios da escola anterior e/ou de outros profissionais que acompanham esse aprendiz. A partir disso, o professor terá ferramentas para planejar adaptações possíveis.

Em caso de estudantes com dupla excepcionalidade, algumas estratégias podem ser implementadas conforme a necessidade, tais como, painel de rotina ou agenda, Comunicação Alternativa (CA) e mediação escolar, por exemplo.

O que são ADAPTAÇÕES CURRICULARES?

Adaptações curriculares são modificações promovidas no currículo, de competência específica do professor. Elas constituem pequenos ajustes nas ações planejadas a serem desenvolvidas no contexto da sala de aula (Nova escola 2000).

Adaptações curriculares para Altas habilidades/superdotação (AH/SD) envolvem ampliações curriculares, tutoriais específicas e monitorias. São alterações importantes de objetivos mais amplos, conteúdos adicionais e/ou exclusivos, metodologia, variações de atividades, distribuição do tempo e critérios de avaliação modificados. Atendendo às necessidades sócio – afetivos do estudante.
Para elaboração do Plano Educacional Individualizado (PEI) para Altas Habilidades são necessários pensar nos critérios básicos como descrição das áreas curriculares, dos interesses e talentos a serem trabalhados, apontando os critérios de avaliação correspondentes; descrição dos recursos utilizados para o desenvolvimento das experiências de aprendizagem (livros didáticos, livros didáticos acessíveis, tecnologia assistiva, TICs); descrição das atividades pedagógicas que serão utilizadas para promover as experiências de aprendizagem, que podem ser por área curricular.

Seguem algumas propostas de atividades de um programa de contexto de enriquecimento escolar sugeridas por Suzana Perez 1998:
 Incluir, no currículo regular, programas de ensino pensamento produtivo e crítico;
 Promover projetos independentes individuais e em pequenos grupos;
 Desenvolver atividades baseadas nos interesses dos alunos;
 Resolver problemas reais e antecipar problemas futuros;
 Implementar oficina de invenções;
 Realizar concursos de ciências, letras, artes visuais e plásticas;
 Oferecer aulas de música, interpretação ou artes visuais;
 Realizar adaptações curriculares;
 Desenvolver projetos de investigação;
 Participar em programas extracurriculares.

Além disso, não se pode desvincular às novas tecnologias para uma rotina acadêmica. Jogos educativos, vídeogames, exergames são exemplos de estratégias tecnológicas que podem favorecer a motivação e interesse dos estudantes quando utilizados com mediação, limite e planejamento.
Segundo Almeida (2008), a utilização de computadores portáteis pode ser benéfica no processo de ensino-aprendizagem, já que esses instrumentos aproximam os educadores da realidade dos alunos.
Vale ressaltar que toda e qualquer adaptação escolar seja ela complementar ou suplementar precisa ser pensada individualmente, conforme as necessidades e interesses específicos de cada estudante, isso é fundamental.

REFERÊNCIAS:

Borges, A. Nogueira, M L. O aluno com autismo na escola. Campinas, Ed. Mercado das Letras, 2018.

Fleith, Denise de Souza (org). A construção de práticas educacionais para alunos com altas habilidades/superdotação: volume 1: orientação a professores. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2007.

SHIMAZAKI, Elsa Midori, Edilson Roberto Pacheco (organizadores). Deficiência e Inclusão Escolar. – Maringá: Eduem, 2012.

Virgolim, Angela M.R. Altas habilidades/superdotação: encorajando potenciais. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação Especial, 2007.

Virgolim, Angela M.R. (org). Altas habilidades/superdotação, Inteligência e criatividade: Uma visão multidisciplinar. Campinas, SP: Papirus, 2014.

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