A Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) é uma das principais ferramentas utilizadas na rotina médica com o objetivo de guiar diagnósticos e mapear estatísticas e tendências de saúde em nível mundial.
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), por vez, é um sistema de classificação e diagnóstico específico para transtornos mentais, desenvolvido pela Associação Americana de Psiquiatria (APA).
Tanto a CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) quanto o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª edição) são sistemas de classificação usados atualmente para diagnosticar o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O fato de a CID-11 não mencionar níveis de suporte não invalida os níveis de suporte determinados pelo DSM-5 (e inclusive reforçados em sua revisão, DSM-5-TR).
A CID-11 dá parâmetros mais em relação a comprometimentos intelectual e de linguagem; enquanto o DSM-5, inclusive em sua revisão, classifica os níveis de suporte com base nos prejuízos tanto na comunicação e interação social quanto em relação a padrões de comportamentos restritos e repetitivos.
Espera-se, portanto, que essas duas ferramentas sejam complementares. O alinhamento entre elas não apenas ajuda a evitar equívocos sobre o diagnóstico, como também pode promover maior acesso a tratamentos individualizados e mais assertivos, com foco nas reais necessidades da pessoa autista.
É importante lembrar: o diagnóstico do TEA é clínico, e a CID-11 e o DSM-5 são recursos complementares para guiar os profissionais.