20/06 | 2 anos de Coletivamente

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Incidência em adultos

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As características podem variar de intensidade de um nível mais sutil (e assim escuso e subnotificado), até os mais gritantes e aparentes. Daí a importância de a sociedade colocar uma lupa neste assunto, dizem os especialistas. Conhecido como um distúrbio neurológico, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) apresenta várias características, como falta de atenção, excesso de inquietação e impulsividade.

Geralmente os sintomas iniciais são apresentados na infância, contudo é relativamente comum que algumas pessoas só os descubram na fase adulta e precisem aprender a lidar com a nova descoberta. É o caso de Lily Allen, de 37 anos. A cantora britânica revelou recentemente ter recebido o diagnóstico de TDAH apenas na fase adulta. “Tive que me desconectar completamente das redes sociais porque, assim que olho para elas, posso passar horas do meu dia”, lamentou a artista.

Para a psicóloga e professora do curso de Psicologia da Faculdade FPB, Simone Alves, independentemente da fase da vida em que se descubra o diagnóstico do distúrbio, o acompanhamento com profissionais habilitados é fundamental para se administrar uma vida da melhor forma possível.

Na vida adulta, o TDAH não diagnosticado e sem tratamento pode acarretar graves problemas, segundo o especialista. “Nessa fase, o indivíduo tem problemas muito mais profundos, pois levam a situações de dificuldade de comunicação, falta de empatia, dificuldade de manter relacionamentos e dificuldades no ambiente de trabalho”, explica a doutora em psicologia. “Os sintomas podem causar baixa autoestima, ansiedade e irritabilidade”, continua.

Com muitos desafios para enfrentar, inclusive o preconceito da sociedade e a falta de informação, a pessoa com TDAH lida com a dificuldade em manter o foco nos processos de aprendizagem e na conclusão de atividades. Mesmo na fase adulta, vivenciar essas diversas situações pode ser desgastante.

O que fazer após a descoberta?

Com o diagnóstico em mãos, a pessoa deve iniciar um processo de autoacolhimento, sem se preocupar com rótulos. “O indivíduo precisa começar a se entender em uma nova realidade de vida. Então vem o processo de cair a ficha, que é fundamental ser vivenciado, e aí ele se percebe e se acolhe numa nova fase”, destaca a especialista.

Ele também lembra a importância do acompanhamento com especialistas como psicólogos, neurologistas e psiquiatras, que são profissionais habilitados para atuar de forma interdisciplinar, para que se chegue a um diagnóstico preciso.

“O diagnóstico não é uma forma de colocar um rótulo na pessoa, para que ela fique o resto da vida com esse rótulo. É uma forma também para conhecimento pessoal, muito significativo na sua vida. Este conhecimento é fundamental, pois é uma forma de prestar uma assistência qualificada às particularidades do indivíduo”, ressalta a professora de Psicologia da FPB.

Fonte: Resenha Politika (https://www.resenhapolitika.com.br/noticia/doutora-em-psicologia-analisa-incidencia-de-tdah-em-adultos)

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