Ex-repórter da Rede Globo e atualmente à frente de um quadro de podcast na CNN Brasil, o jornalista Phelipe Siani abriu o coração ao falar sobre seu diagnóstico de TDAH e suas crises de ansiedade.
Durante entrevista à revista “Isto É”, Siani revelou que enfrentou um burnout, o que o obrigou a abandonar alguns de seus projetos para focar na saúde mental. Também compartilhou como tem enfrentado esses desafios e ajustado a rotina para lidar melhor com a ansiedade.
“Mudei muito minha vida nos dois últimos anos. Estava com muitas coisas nas costas. Não adianta a gente estar ganhando grana e não estar bem da cabeça. Então, de tempos em tempos, acho importante a gente falar sobre isso [cuidado mental]”, disse em entrevista.
O jornalista falou sobre o impacto da ansiedade em sua vida, destacando que, para quem não sofre do problema, é difícil compreender a gravidade. “É algo destrutivo, algo que faz você não conseguir ter um segundo de paz”, desabafou.
Siani, que trabalhou na Globo por 15 anos, contou que atualmente tem priorizado um ritmo mais leve na carreira em função dos problemas psicológicos.
O que é o TDAH?
O TDAH é um distúrbio neurobiológico crônico que se caracteriza por desatenção, desassossego e impulsividade. Os sintomas aparecem na infância, mas podem perdurar por toda a vida, se não forem devidamente reconhecidos e tratados.
Em entrevista anterior ao “Metrópoles”, a psicóloga Lala Fonseca, especialista em terapia comportamental cognitiva, afirmou que o paciente com o transtorno deve entender que o problema é consequência do funcionamento de seu cérebro e, portanto, é necessário seguir o tratamento para aumentar sua qualidade de vida.
Segundo ela, em adultos, a dificuldade de atenção se manifesta com uma “enxurrada de pensamentos” ou comportamentos impulsivos, que atrapalham os relacionamentos, a vida profissional e a execução dos projetos de vida. “É a caraterística daquela pessoa que começa a fazer uma atividade e, no meio dela, parte para outra. Normalmente, ela faz isso por que sua mente tem dificuldade em manter atenção”, explicou.