À primeira vista parece ser apenas mais um garoto de 6 anos de idade, mas Fábio Aguiar Silveira Neto é medalhista de prata na Olimpíada Brasileira de Astronomia Astronáutica 2024. Fábio concorreu com quase 200 mil inscritos na categoria dele. Todos os medalhistas eram do 3º ano e com idades entre 8 e 9 anos.
Cursando o 2º ano do Ensino Fundamental, diagnosticado com autismo e altas habilidades, Fábio, aos 3 anos, já estava lendo e escrevendo e fazendo cálculos matemáticos. Ele já dava sinais de que não seria um garoto comum.
A família conta que desde muito cedo, Fábio Neto já demonstrava um interesse incomum por letras e números, intrigava a todos a forma que absorvia novos conhecimentos e pela curiosidade insaciável de entender o mundo ao seu redor.
Os pais de Fábio, Gabriela Leal Aguiar (funcionária pública) e Fábio Aguiar Silveira Júnior
(engenheiro civil), notaram antes dos dois anos algumas diferenças dele para as demais crianças e logo veio o diagnóstico de autismo e altas habilidades.
Com o apoio da família, Fábio começou a explorar seu potencial em ambientes que estimulavam sua criatividade e inteligência. Com grande interesse em astronomia, ele foi incentivado a seguir suas paixões. Participando da Olimpíada Brasileira de Astronomia pela primeira vez, obteve a medalha de prata.
A criança enfrenta desafios com coragem e determinação, mostrando que, com o apoio certo, qualquer obstáculo pode ser superado. Fábio nos ensina a importância de valorizar as diferenças e de entender que há muitas formas de se conectar com o mundo.
“Ser mãe do Fábio Neto envolve aprender a celebrar pequenas vitórias, adaptar-se constantemente e, acima de tudo, reconhecer e valorizar as capacidades únicas que ele traz ao mundo. Meu desejo é que ele encontre um caminho onde possa usar suas habilidades para explorar suas paixões e interesses”, diz Gabriela Leal.
E Fábio Neto também tem um recado a dar:
“O autismo não é doença, é um modo especial de ser, é uma pessoa que é diferente das outras. Autismo é muito especial pode ter o coração diferente, mas se comporta do mesmo jeito”
Gabriela continua, dizendo que vê uma jornada repleta de possibilidades e realizações:
“Quando penso no futuro do meu filho, vejo uma jornada repleta de possibilidades e realizações. Minha esperança é que ele possa caminhar com confiança e felicidade, sabendo que tem uma base sólida de amor e apoio em casa, enquanto explora todas as oportunidades que o mundo pode lhe oferecer”.
Segundo a mãe, a rotina de estudo dele requer uma abordagem cuidadosa e personalizada para atender às suas necessidades.
“Uma rotina que equilibra desafios intelectuais que estimulam seu potencial, com estratégias que respeitem suas particularidades sensoriais e de comunicação. Desde os 3 anos além da escola ele faz música, inglês e karatê. Sempre procuramos desenvolver atividades que sejam desafiadoras e estimulantes para ele, alinhadas aos seus interesses e pontos fortes”, completou Gabriela.
FONTE: https://oimparcial.com.br/noticias/2024/08/autismo-um-modo-especial-de-ser/