20/06 | 2 anos de Coletivamente

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Medo de liquidificador, um desafio

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Para muitas crianças autistas, a sensibilidade auditiva pode transformar o ambiente em um desafio constante. Ruídos cotidianos, como liquidificadores, campainhas, barulhos na escola ou em ambientes públicos, podem ser extremamente perturbadores. Vamos explorar uma série de estratégias e abordagens para lidar com esse desafio.

  1. Construindo Confiança:

A confiança desempenha um papel crucial na redução da sensibilidade auditiva, pois quando uma criança com autismo é exposta a ruídos que a incomodam, é essencial explicar o propósito por trás desses ruídos.

Por exemplo, o liquidificador é usado para preparar o suco favorito da criança, o aspirador de pó ajuda a manter o quarto limpo, e a campainha anuncia a chegada de visitas. Associar esses ruídos a algo positivo pode ajudar a diminuir a aversão.

  1. Lidando com Ambientes Externos:

Sair de casa pode ser um desafio, especialmente em ambientes barulhentos, como shoppings, parques ou eventos públicos.

Por isso, mostrar à criança que você está presente e que não há motivo para temer os sons é fundamental, ou seja, construir essa confiança ajuda a tornar as saídas mais agradáveis e menos estressantes.

  1. Conhecendo os Próprios Sons:

Familiarizar a criança com os sons que ela mesma produz pode ser uma estratégia eficaz. Explique que todos nós fazemos ruídos inevitáveis, como a voz, o batimento cardíaco, a respiração e o estômago quando está vazio, pois isso ajuda a criança a se acostumar gradualmente com os sons inerentes ao próprio corpo.

Sensibilidade auditiva e a adaptação na escola


A escola é um local diverso, e os educadores desempenham um papel crucial na adaptação do ambiente para atender às necessidades do aluno autista, onde terapeutas ocupacionais, psicopedagogos, psicólogos e pedagogos podem fornecer suporte interdisciplinar para criar um ambiente escolar mais inclusivo.

Vamos explorar a importância dessa colaboração e como ela pode ser implementada:

Avaliação Individualizada: Cada criança é única, e avaliações personalizadas ajudam a adaptar as estratégias de acordo com o nível de sensibilidade auditiva.
Modificações Físicas e Ambientais: Algumas escolas podem considerar adaptações físicas, como salas com isolamento acústico, para minimizar ruídos perturbadores.
Comunicação Clara: Professores devem ser treinados para se comunicar de forma clara e eficaz, usando linguagem simples e instruções visuais.

Quando a Escola Não Oferece Recursos Suficientes?
Infelizmente, muitas escolas brasileiras não possuem a estrutura necessária para atender plenamente às necessidades de crianças com autismo.

Nesses casos, os pais podem procurar profissionais isoladamente e buscar intervenções que se adaptem melhor à criança. Aqui estão alguns exemplos do que é possível fazer:

Defender os Direitos da Criança: Garantir que as leis de inclusão sejam respeitadas e, se necessário, buscar apoio legal.
Rede de Apoio: Participar de grupos de pais e buscar apoio em organizações de autismo.
Advocacia pela Conscientização: Aumentar a conscientização sobre o autismo e a importância de adaptações escolares adequadas.

A sensibilidade auditiva no autismo é um desafio real, mas com estratégias adequadas e o apoio de pais, educadores e profissionais de saúde, as crianças autistas podem aprender a lidar com essas questões e desfrutar de uma vida mais tranquila.

Portanto, não se esqueça de que cada criança é única, e que a resposta ao tratamento varia, ou seja, é essencial adotar uma abordagem personalizada, respeitando as particularidades de cada indivíduo autista.

Fonte: Instituto Neuro Saber (https://institutoneurosaber.com.br/artigos/como-diminuir-sensibilidade-auditiva-no-autista/#:~:text=A%20Sensibilidade%20Auditiva%20no%20Autismo,p%C3%BAblicos%2C%20podem%20ser%20extremamente%20perturbadores.)

Veja também...

No vídeo abaixo, bem humorado, toco em pontos que comumente as pessoas confundem quando tratamos de autismo. Espero que gostem.

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