20/06 | 2 anos de Coletivamente

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Nos tempos pré-internet, eu só conhecia os autistas que frequentavam a escolinha especializada do Edinho.
Há anos, eu convivo diariamente com pessoas autistas na terapia e fora dela. Uma das razões pelas quais chegam a mim é para ampliar suas habilidades sociais já que algumas delas não compreendem por que as pessoas se afastam delas.

Todas, sem exceção, são pessoas inteligentes, com o QI acima da média. Apesar disso, a razão do afastamento social é inexplicável para elas, mesmo depois que refletem sobre o que gerou o distanciamento. Pode ser muita coisa, claro, mas o principal é saberem que a “régua neurotipica” (a que mede pessoas mais por oportunidade do que por lógica) não é óbvia.

Quando uma pessoa autista aprendeu as regras sociais e “fez tudo direitinho”, mas ainda assim não agradou, só resta a gente fortalecer a autoestima dessa pessoa com a conclusão mais lógica possível : ela não era a sua pessoa.

Se alguém, a princípio, diz que gosta do outro, mas não é capaz de compreender ou aceitar suas limitações, na verdade, teve um carinho com tempo de validade, que nem um produto que se expira depois de xx/xx/xxxx.

Uma das dificuldades de muitas pessoas autistas é a intensidade com a qual se relacionam. Gostar de alguém nem sempre é rápido ou fácil, mas quando gostam, gostam pra valer. A data de validade não se aplica, a não ser quando percebem que se enganaram.

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No vídeo abaixo, bem humorado, toco em pontos que comumente as pessoas confundem quando tratamos de autismo. Espero que gostem.

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