20/06 | 2 anos de Coletivamente

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As diversas notícias de maus-tratos recebidas por autistas nas escolas inclusivas brasileiras, vistas todos os dias nos noticiários e nas redes sociais, me fazem pensar e repensar sobre os motivos que levam o professorado a agir de formas às vezes cruéis com aqueles mais frágeis. E que deveriam, sim, ser o foco de sua atenção e dedicação.
Quando se abre a discussão sobre o processo inclusivo na educação, sempre nos vem à mente de imediato ou é assunto nas rodas de conversa a necessidade de capacitação dos professores. O que, sem sombra de dúvida, é extremamente relevante e necessária, mas não é apenas isso que faz com que o processo inclusivo se dê de maneira eficiente.

Existem tópicos anteriores que precisam ser interiorizados a fim de nortearmos a prática. Ao concluímos o curso de magistério e depois o de pedagogia fazemos os juramentos da profissão, e alguns então formandos não se apercebem da seriedade daquelas palavras proferidas e o quanto elas determinam a nossa prática, o nosso posicionamento profissional e ético ao longo da nossa carreira. Resolvi, então, nesse texto deixar registrados trechos dos dois juramentos, para refletirmos todos sobre o papel do professor, que é primordial na engrenagem da educação de maneira ampla, e a partir dessa autorreflexão possamos ser levados a melhores maneiras de atuar e a promover melhores momentos na vida escolar.

Juramento: é bom lembrar

Trecho do juramento na colação de grau de magistério: “Prometo cumprir os deveres de professor, trabalhando com empenho e dedicação, no desenvolvimento integral de crianças e jovens cuja educação me for confiada”.
Na colação acadêmica: “Prometo, como pedagogo, respeitar e cumprir as normas e os princípios éticos que norteiam o exercício de minha profissão, participando profissionalmente da construção do ser humano íntegro, da humanidade e da pátria. Prometo, no exercício da minha profissão, atuar com dignidade e consciência, na busca de uma educação libertadora, respeitando a individualidade de cada aluno. Assim, eu juro”.

Além dos conhecimentos que são fundamentais para o exercício da profissão de professor devemos ter consciência que lidamos com vidas humanas, que as nossas ações diárias influem diretamente na formação de crianças, jovens e adultos do nosso país, aquilo que plantamos hoje é o que será colhido futuramente por toda a sociedade. A profissão de professor é, sim, a mais importante de todas, pois ela forma todos os outros profissionais. Por isso, mais do que em qualquer outra profissão, o professor deve prezar agir com mais responsabilidade, conhecimento, consciência, ética, empatia e amor com aqueles que lhes são confiados.

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No vídeo abaixo, bem humorado, toco em pontos que comumente as pessoas confundem quando tratamos de autismo. Espero que gostem.

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