20/06 | 2 anos de Coletivamente

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O texto é um pedido de empatia com o autista nível 1, que “não parece autista”.

Vamos desmistificar a ideia generalizada de que se alguém é inteligente, formado, tem uma relação e um trabalho, não precisa de suporte.
Todo autista necessita de algum tipo de suporte, que muda de acordo com a individualidade da pessoa. Em lugares públicos, como em aeroportos, alguns precisam, sim, mesmo alguns dos mais desenvolvidos.

Uma das características de pessoas autistas é a dificuldade com quebra de rotina, que gera imprevistos; imprevistos geram ansiedade e, às vezes, podem levar a crises de pânico. Não é raro que autistas “bem sucedidos” precisem de uma companhia em eventos sociais, viagens ou qualquer situação onde “congelem” quando algo não sai conforme o planejado. Um voo cancelado, uma espera longa, uma mudança que não estava na agenda. São nesses momentos em que são mais cobrados e considerados “frescos” ou “mimados”. Deve doer muito ouvir algo que eles não conseguem lidar, ou, não ainda.

Autistas não são iguais. Enquanto um deles consegue viajar sozinho, e lida melhor com imprevistos, outros têm ansiedade social. Parece que no meio de muitas pessoas, toda a sua capacidade de relativizar, desaparece. Isso também é autismo.

Quando autistas adultos, nível 1 de suporte, cansam de viver, tenham consciência de que já passaram por muitas situações de julgamento. E o pior: não têm como viver explicando que não é frescura, e que eles não conseguem fazer o que um outro faz.

Para autistas que descobriram seus autismos na vida adulta, saibam que existem estratégias para superarem seus desafios. Não houve tempo nem intervenções na infância, por isso, alguns não sabem que existem possibilidades.

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