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Reforço de estereótipos

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Muitas PSDs (Pessoas Sem Deficiência) com certa influência na sociedade e/ou no mercado resolvem abraçar as causas da inclusão e da diversidade da PCD (Pessoa com Deficiência). Acreditando, assim, que estão dando visibilidade e oportunidade a uma população considerada invisível. Porém, quando o fazem, em vez de eliminar estereótipos e preconceitos a nosso respeito, acabam reforçando-nos mais ainda, ou substituindo uns por outros (tais como alguns empresários e jornalistas que tentam mostrar que autistas não são pessoas incapazes e até possuem talentos extraordinários em muitos casos, e, no final, acabam reforçando o estereótipo do “autista gênio”).

Não há de se negar que existe uma intenção altruísta e humanitária por trás destas ações. Porém, muitos as fazem mais por uma questão de boa reputação social do que por uma questão de acolhimento e compreensão da PCD. E, com isso, acabam cometendo equívocos em tal processo, como acabar colocando estes em meros papéis de “garotos propaganda” de seus projetos, e/ou pessoas fracas e oprimidas que precisam ser superprotegidas em tempo integral para poderem sobreviver. Quem conhece os personagens usados na imagem, o Professor Xavier, dos X-Men, e a Srta. Morello, de “Todo Mundo Odeia o Chris”, compreende perfeitamente a analogia.

Esclarecendo que não me refiro às PSDs que vivem e convivem diretamente com as PCDs, tais como mães, pais e demais familiares, ou cuidadores, professores, médicos, terapeutas, diretores de ONGs, etc. E sim àquelas que não enxergam claramente as linhas tênues entre a oportunidade e o oportunismo, e entre a representatividade e a exposição sensacionalista.

Enfim, a melhor forma de representar a PCD é permitir que ela se expresse pelo meio através do qual ela se sente melhor para transmitir a sua mensagem, e focar na interpretação de tal mensagem e não somente no seu domínio de tal meio! Tal qual nos ensinou a grande doutora Nise da Silveira, PCDs nem sempre criam suas artes apenas para mostrar que sabem desenhar, pintar, esculpir, etc, e sim para mostrar como elas pensam e se sentem!

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