20/06 | 2 anos de Coletivamente

Compartilhe

Relação com microbioma

Compartilhe

Embora existam muitas pesquisas na área, as causas do transtorno do espectro do autismo (TEA) permanecem na maioria indefinidas. Apesar de acreditar que fatores genéticos e condições ambientais interfiram no seu desenvolvimento, um estudo recente apresentado na revista Nature Neuroscience, investigou a correlação entre o transtorno do espectro do autismo (TEA) e a intrincada relação entre o cérebro e o intestino.

A pesquisa, iniciada pela Iniciativa de Pesquisa em Autismo da Simons Foundation (SFARI) e conduzida por uma equipe de 43 cientistas nas áreas de biologia computacional, engenharia, medicina, autismo e pesquisa de microbioma de quatro continentes, concentrou-se em investigar a conexão entre TEA e o microbioma intestinal – uma coleção fascinante de microorganismos como bactérias, fungos, vírus e genes que coexistem em nossos corpos.

No abrangente estudo, os pesquisadores coletaram dados de 10 pontos diferentes, analisando especificamente informações sobre autismo e microbioma. Além disso, eles consideraram 15 pontos de dados relacionados a hábitos alimentares, metabolismo, células imunológicas e expressão gênica no cérebro humano.

Para tornar sua análise mais precisa, a equipe desenvolveu um algoritmo sofisticado que combinava indivíduos com autismo com base em idade e sexo, dois fatores críticos frequentemente considerados em estudos relacionados ao autismo.

As descobertas do estudo apontaram para sinais de autismo evidentes em certas “vias metabólicas” que estão intimamente ligadas à dieta, genética e micróbios intestinais.

Composição das bactérias

Em seu relatório, os pesquisadores enfatizaram a natureza bidirecional da comunicação entre o intestino e o cérebro. Eles destacaram como a composição das bactérias intestinais pode ser influenciada por escolhas alimentares e, por sua vez, afetar a função cerebral.

Embora o estudo destaque o papel potencial do microbioma intestinal no tratamento dos sintomas do autismo, os mecanismos precisos subjacentes à conexão entre as alterações intestinais e a função cerebral ainda requerem uma exploração mais aprofundada.

Jamie Morton, um dos autores do estudo, destacou a importância das descobertas, afirmando: “Ao harmonizar dados aparentemente díspares de vários estudos, estabelecemos um terreno comum para uni-los. Como resultado, identificamos uma assinatura microbiana que pode distinguir entre indivíduos autistas e neurotípicos em vários estudos. No entanto, é crucial conduzir estudos robustos e de longo prazo no futuro que englobem uma ampla gama de conjuntos de dados e explorem como essas assinaturas mudam em resposta a intervenções terapêuticas.”

Fonte: Tecmundo (https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265825-nova-pesquisa-encontra-conexao-entre-autismo-microbioma-intestinal.htm)

Veja também...

A ABADS (Associação Brasileira de Assistência e Desenvolvimento Social), fundada em 1952, é uma instituição sem fins lucrativos que atende pessoas com …

As pessoas mais vulneráveis, justamente as beneficiárias do BPC, têm menos condições de organização e luta política junto ao Congresso. É fundamental …

Uma servidora pública municipal conseguiu, com o apoio da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso do Sul, uma liminar que garante …

plugins premium WordPress