O problema da maior parte dos autistas não é o autismo, mas as condições coexistentes que costumam aparecer junto com o TEA.
Quando o autismo vem acompanhado de outras deficiências, ou transtornos, ou até algumas doenças, aí sim, fica bem mais complicado.
Pense em Autismo e TOD, Autismo e Td(h)a, Autismo e Epilepsia, Autismo e TOC, Autismo e Gilles de la Tourette, Autismo e Bipolaridade, e várias combinações de condições que tornam as terapias com finalidade a melhorar/estimular a comunicação, a interação social e o comportamento em geral, uma missão bem difícil, já que autista tem a própria combinação de condições.
Quando é mais que autismo, o desenvolvimento é mais desafiador.
Para tratar o autismo, é preciso ser avaliado até que ponto o TEA é a condição que traz mais problemas, ou são as outras.
É preciso se estudar mais sobre o autismo SEM condições coexistentes. Autistas que só têm autismo, sem outro diagnóstico adicional, em geral, são os que passam despercebidos na escola, trabalho e relações, às vezes, até na família. Quando não existe um comprometimento maior, geralmente os obstáculos do dia a dia são driblados de alguma forma.
Comorbidades
O TEA é (injustamente) temido e “acusado” de ser responsável por muita coisa que não pertence a ele.
O autismo não é o bicho-papão. Geralmente o que atrapalha o desenvolvimento, ou o progresso nas terapias, são as comorbidades. O que é preocupante são as comorbidades não terem a importância que o autismo tem.
Faltam mais literatura e estudos sobre o tema.
Insistam no diagnóstico minucioso de seus filhos. É só autismo? Existem outras condições? Qual a mais desafiadora? Pode ser que o tratamento da comorbidade precise de mais atenção do que o do autismo em algum momento.