O Brasil tem cerca de dois milhões de crianças e adolescentes diagnosticados com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), o que representa 5% da população com menos de 14 anos. Apesar disso, apenas 20% recebem tratamento adequado, o que preocupa especialistas da área de saúde e educação.
O Brasil tem cerca de dois milhões de crianças e adolescentes diagnosticados com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), o que representa 5% da população com menos de 14 anos. Apesar disso, apenas 20% recebem tratamento adequado, o que preocupa especialistas da área de saúde e educação.
Em muitos casos, os sintomas do transtorno são confundidos com mau comportamento dentro da sala de aula, dificultando a identificação precoce. Para mudar esse cenário, professores estão sendo capacitados a reconhecer sinais de TDAH e a apoiar famílias e alunos.
A professora Kelly Dalariva, de Porto Alegre, relatou que o diagnóstico mudou a vida do filho Benício, de 8 anos: “Nas escolas sempre diziam que ele não tinha nada, mas depois que começamos o tratamento com terapias e medicação, nossa vida mudou completamente.”
Segundo o psiquiatra Vítor Rocco Torrez, a falta de compreensão sobre o TDAH ainda é um dos maiores desafios. “Muitas vezes, essas crianças são vistas como malcriadas, agitadas, mas na verdade precisam de diagnóstico e tratamento corretos para desenvolver todo seu potencial”, explicou.
No Rio Grande do Sul, ocorreu pela primeira vez o evento “TDAH Levado a Sério”, que reuniu mais de 100 educadores de escolas públicas e privadas. O objetivo foi treinar professores para interpretar comportamentos, aplicar estratégias de apoio e colaborar com as famílias no dia a dia escolar.
A representante da Associação Brasileira de Déficit de Atenção, Iane Castelmann, ressaltou que a identificação precoce é essencial para reduzir impactos negativos na vida acadêmica e social das crianças. Já a professora Larissa Lorenzoni destacou a importância do trabalho conjunto com a família: “É preciso alinhar estratégias para que a criança tenha uma rotina organizada e segura, tanto na escola quanto em casa.”
FONTE: https://www.gazetadevarginha.com.br/post/dois-milh%C3%B5es-de-crian%C3%A7as-e-adolescentes-t%C3%AAm-tdah-no-brasil-apenas-20-recebem-tratamento