20/06 | 2 anos de Coletivamente

Compartilhe

Tristeza pela inclusão escolar

Compartilhe

A inclusão escolar no Brasil é triste. É como uma top model linda, bem vestida, que frequenta festas de luxo, mas não abre a boca: figuração.

A inclusão é um artifício eleitoral para políticos, prefeituras e órgãos públicos da educação.
Na realidade, as famílias de crianças com deficiência estão cansadas de uma inclusão parcial, seletiva, onde uns são bem-vindos, outros não.

Já vou pedindo ressalva para as escolas e professores que fazem um belo trabalho, por vezes, sem as verbas que o município deveria lhes dar para a pauta da inclusão. No entanto, o que acontece na maior parte dos casos é uma exclusão silenciosa.

“Ele sim; aquele não.” Criança difícil, criança que vai custar a verba da escola, capacitação que vai sair cara para o município.
Crianças surdas.
Cegas.
Autistas.
PC, DI, T21.
As condições mudam, a exclusão varia de acordo com a escola.

Quando chegamos perto de um caso de exclusão, a sujeira vai ficando bem óbvia e cheirando mal. Quando os responsáveis pela falta de inclusão têm a dignidade de explicar a situação, o fazem de modo parcial, se eximindo de qualquer culpa. Para estas pessoas,

A inclusão sempre é culpa de outros, delas não.

Meu recado para todos os ambientes escolares que se autodefinem inclusivos por terem uma rampa, banheiro adaptado, uma sala sensorial, um professor que saiba libras o e/ou braille:

Meu filho/minha filha, não é suficiente.

A escola que manda uma criança embora por achá-la difícil de manter, está rasgando a LBI, atirando no lixo a Lei Berenice Piana, desprezando a inclusão e empurrando a mãe da criança atípica excluída para um buraco fundo e escuro da depressão.

Durmam com esse conhecimento. Sei que na política e gestão pública tem bastante gente com características antissociais, mas no ritmo que está será um milagre ver uma criança autista com muita necessidade de suporte ter chances de alcançar o desenvolvimento que merece.

Inclusão não é favor ou privilégio. É direito e merecimento!

Veja também...

Nathalia Costa Rodrigues, de 26 anos, de São Carlos (SP), jamais imaginou que um gesto específico que sua filha fazia com frequência …

Raelzinho está na fase de desafiar regras e ordens. Na escola, em alguns momentos, desafia a hora de fazer atividades e quer …

Quando uma porta se fecha, outra se abre.Tenham sempre fé. Como autista, sei que entrar no mercado de trabalho é um grande …

plugins premium WordPress