A inclusão escolar no Brasil é triste. É como uma top model linda, bem vestida, que frequenta festas de luxo, mas não abre a boca: figuração.
A inclusão é um artifício eleitoral para políticos, prefeituras e órgãos públicos da educação.
Na realidade, as famílias de crianças com deficiência estão cansadas de uma inclusão parcial, seletiva, onde uns são bem-vindos, outros não.
Já vou pedindo ressalva para as escolas e professores que fazem um belo trabalho, por vezes, sem as verbas que o município deveria lhes dar para a pauta da inclusão. No entanto, o que acontece na maior parte dos casos é uma exclusão silenciosa.
“Ele sim; aquele não.” Criança difícil, criança que vai custar a verba da escola, capacitação que vai sair cara para o município.
Crianças surdas.
Cegas.
Autistas.
PC, DI, T21.
As condições mudam, a exclusão varia de acordo com a escola.
Quando chegamos perto de um caso de exclusão, a sujeira vai ficando bem óbvia e cheirando mal. Quando os responsáveis pela falta de inclusão têm a dignidade de explicar a situação, o fazem de modo parcial, se eximindo de qualquer culpa. Para estas pessoas,
A inclusão sempre é culpa de outros, delas não.
Meu recado para todos os ambientes escolares que se autodefinem inclusivos por terem uma rampa, banheiro adaptado, uma sala sensorial, um professor que saiba libras o e/ou braille:
Meu filho/minha filha, não é suficiente.
A escola que manda uma criança embora por achá-la difícil de manter, está rasgando a LBI, atirando no lixo a Lei Berenice Piana, desprezando a inclusão e empurrando a mãe da criança atípica excluída para um buraco fundo e escuro da depressão.
Durmam com esse conhecimento. Sei que na política e gestão pública tem bastante gente com características antissociais, mas no ritmo que está será um milagre ver uma criança autista com muita necessidade de suporte ter chances de alcançar o desenvolvimento que merece.
Inclusão não é favor ou privilégio. É direito e merecimento!