Sem dúvida, sabemos o quanto é fundamental nos atentarmos a um diagnóstico e a uma
intervenção precoce e adequada, pois norteiam e proporcionam o desenvolvimento de
uma criança. Diferentemente do que muitos pensam, o diagnóstico não tem a finalidade
de rotular ou limitar alguém, mas, sim, de propiciar um tratamento que respeite o indivíduo
e desenvolva suas potencialidades.
No entanto, a proposta deste texto é enfatizar sobre a maneira que isso é passado pelos
profissionais da saúde e da educação. Devemos ter um cuidado ao explicar sobre o
diagnóstico aos familiares e sobretudo à criança, pois a mesma entende e possui
lembranças. Não é raro um paciente possuir lembranças e traumas por ter sido
identificado e chamado de diferente e “anormal”, bem como ter sido vítima de bullying.
A grande questão não é ser diferente, afinal todos somos, cada um possui a sua
individualidade e suas características, o ponto em questão é o estereótipo que um
diagnóstico entregue por profissionais despreparados pode acarretar.
Olhar sem preconceito
É necessário entender o indivíduo em sua totalidade e, sobretudo, ter um olhar além de
todo e qualquer preconceito. Vale ressaltar que o diagnóstico deve ter como objetivo
nortear o tratamento do indivíduo e compreender suas características e não limitá-lo.
Olhar além do diagnóstico significa respeitar o paciente e apresentar claras explicações
para que os profissionais e familiares compreendam a respeito do transtorno.
Além disso, temos visto, de modo mais frequente, nas mídias sociais, situações em que
cuidadores e profissionais desrespeitam e maltratam crianças com transtornos do
neurodesenvolvimento e/ou com deficiência. Não devemos e não iremos normalizar
situações como esta, é fundamental haver o respeito e o entendimento que crianças,
verbais e não-verbais, entendem e possuem suas lembranças, bem como suas vontades e
seus sentimentos. Em suma, apresenta-se esta reflexão, repleta de esperança.