20/06 | 2 anos de Coletivamente

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A Inteligência Artificial é um assunto que tem gerado muita controvérsia em todo o mundo. Mas, enquanto alguns participam de discussões barulhentas sobre o futuro da humanidade com a tecnologia, a estudante Laura Reis de Pádua, do nono ano do Ensino Fundamental do Instituto Educacional Padre Ubirajara Cabral, em Alpinópolis-MG, é uma testemunha do quanto a IA pode promover mudanças significativas sem alarde.

A redação dela, “A transformação silenciosa: como a inteligência artificial revoluciona a vida de uma criança com autismo e a família dela”, conquistou a segunda colocação na edição 2024 do EPTV na Escola. Em pauta, a relação do irmão, Lucas, com a IA.

Quando soube do tema do EPTV na Escola, a abordagem passou a ser óbvia para alguém que viu, bem de pertinho, a luta de Lucas. Para além disso, é possível encontrar, no texto, uma lista de ferramentas com IA que podem atuar de modo eficaz na vida de pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Destaque para o uso de aplicativos de comunicação alternativa, programas que ensinam habilidades sociais e dispositivos interativos para diversão e aprendizado.

Apesar disso, não foi fácil organizar as ideias e assentar, com fluidez, as argumentações. Para isso, a professora Tatiane Modesto foi fundamental.

A jovem sempre gostou de ler e escrever. Seus livros preferidos são aqueles que abordam temas reais, como biografias. A relação dela com a IA, fora da convivência com o irmão, é voltada a pesquisas relacionadas ao contexto escolar.

Laura fala da “sensação inexplicável” com o segundo lugar no concurso. Conta que a primeira reação com a notícia foi o de surpresa, pois não esperava chegar tão longe. E, mais do que a conquista, diz ter sido gratificante ver que a mensagem de Inteligência Artificial inclusiva tenha chegado a tantas pessoas.

No entanto, ao mostrar como a Inteligência Artificial pode ser uma aliada, a estudante acredita ter alertado para a construção de um futuro mais empático, em que as diferenças não sejam vistas como limitações, mas como características únicas, que merecem ser respeitadas e valorizadas.

Palavras lúcidas, que contribuem para quebrar estigmas, com os quais as pessoas com autismo sofrem, muitas vezes, também em silêncio.

FONTE: https://redeglobo.globo.com/sp/eptv/eptv-na-escola-sul-de-minas/noticia/2a-colocada-relatou-como-a-inteligencia-artificial-ajuda-o-irmao-com-autismo.ghtml

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