20/06 | 2 anos de Coletivamente

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Impressões sobre filme de Mion

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Na semana passada, fui assistir ao novo filme do Marcos Mion, “MMA – Meu Melhor Amigo”, numa sessão exclusiva para jornalistas e críticos de cinema — uma semana antes do lançamento, que será na próxima quinta-feira. Ainda terei mais informações na próxima semana, após a coletiva de imprensa, mas já trago aqui minhas primeiras impressões sobre o longa-metragem que, logicamente, tem o autismo como um dos temas principais. Ah! Prometo que não darei nenhum spoiler neste texto.

O filme, que tirou riso e choro da seleta plateia em diversos momentos, trata o autismo de um menino de 8 anos de maneira bem realista e sem passar nenhum conceito equivocado. Pelo contrário, é bem educativo nesse aspecto, falando frases comuns nas campanhas de conscientização como: “autismo não é doença” (frase que inclusive está no trailer oficial — assista abaixo), “Para alguns autistas, olhar no olho pode ser uma experiência sensorial intensa demais”, “esporte é bom para autistas”, além de não falar explicitamente, mas mostrar alguns aspectos importantes de características que muitos autistas têm (não todos, claro), como a hipersensibilidade tátil e auditiva, seletividade alimentar, dificuldade na comunicação social, assistir um vídeo ou um trecho por repetidamente, entre outros.

A atuação do Guilherme Tavares, que fez o papel do Bruno, o menino autista, filho do protagonista, Max (Marcos Mion), foi perfeita. Apesar de o garoto não ser autista, conseguiu atuar de forma convincente e mostra o grande talento desse artista mirim.

“MMA – Meu Melhor Amigo” cumpre um papel importante de colocar o autismo em pauta (o que por si só já é imensamente relevante, como fazem séries de sucesso — por exemplo: O Bom Doutor (The Good Doctor), Atypical e Amor no Espectro (Love on the Spectrum), entre diversas outras disponíveis nos serviços de streaming. E, mais que isso, ensina e educa em relação ao transtorno do espectro do autismo (TEA), transmitindo ideias e conceitos que trarão maior conscientização, mais informação e, consequentemente, mais empatia e respeito para autistas e suas famílias.

Semana que vem publico aqui mais sobre o filme que, para qualquer um que se interessa por autismo e neurodesenvolvimento, vale muito a pena assistir nos cinemas, a partir de 16.jan.2025. Aí falo mais sobre o enredo, as atuações e sobre como o filme é uma espécie de Rocky Balboa brasileiro (afinal, todos sabem que o Mion é um fã incontestável do Sylvester Stallone — se você não sabia, assista ao comercial do Itaú, que uniu Mion e Stallone, neste link e neste outro).

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No vídeo abaixo, bem humorado, toco em pontos que comumente as pessoas confundem quando tratamos de autismo. Espero que gostem.

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