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Os caminhos do espectro

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Eu tenho um filho autista. Ele se chama Edinho e tem 25 anos. Foi um autista nível três de suporte (severo) até seus 15 anos, quando recebeu o segundo diagnóstico, autismo nível 1 (leve).

Meu filho caminhou pelo espectro porque perdeu as características que o definiam como “autista muito comprometido”. Ele falou a primeira palavra aos 6,5 anos. Ele aprendeu a esperar por alguma coisa aos 8. Edinho aprendeu a se comunicar aos 12. Ele começou a estudar (aprender regularmente) aos 15. Meu filho CAMINHOU pelo lindo, mas sofrido TEA. De mãos dadas comigo, sua mãe, seu pai e irmãs, e os professores e terapeutas abençoados, meu menino se tornou um rapaz autista leve.
Edinho perdeu:

  • estereotipias * TOC (transtorno obsessivo compulsivo) * medo *ansiedade * inflexibilidade

Entre tantas outras coisas, meu filho perdeu as características que o impediam de ter uma visão ampla da vida, para seu próprio bem. Depois disso, sua personalidade (que não tem nada a ver com autismo), mas com o jeito dele ser, o ajudou a se tornar uma pessoa querida e feliz que inspira coisas boas por onde passa.
Quem vê meu filho por um tempinho pode pensar: “Poxa, mas você não parece autista!” Ele não se incomoda porque ele não se incomoda com muita coisa. Porém, quem conversa com ele por mais tempo, percebe suas diferenças:

  • no olhar
  • na entonação
  • num gesto
  • num momento de muita pureza (para um rapaz de 25 anos).

Meu filho não saiu do Espectro.
Meu filho não quer sair do Espectro.
Eu não quero que meu filho saia do Espectro.
Eu só quero que ele seja sempre feliz e que saiba lidar com o preconceito sem medo, sabendo que ele não pode mudar o mundo mas pode se proteger contra a maldade do mundo.

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